Você com certeza já deve ter ouvido sobre a palavra “ergonomia”, mas o que ela significa afinal?
Dê uma olhada em seu ambiente agora. Tudo o que você pode ver que foi feito pelo homem foi projetado para se adequar ao usuário final, desde a alça de sua caneca de café até o formato e o tamanho da sala em que você está.
Nada é acidental; a civilização humana foi construída precisamente de acordo com a estrutura e as capacidades de nossos corpos. O mundo pareceria um pouco diferente se, digamos, todos nós tivéssemos oito pernas em vez de duas.
No entanto, quando descrevemos algo como ergonômico, não queremos dizer apenas que é adequado para uso humano. ‘Ergonômico’ significa que atenção especial foi dada ao design para garantir que ele seja o melhor possível para o usuário, o ambiente e a tarefa.
Ergonomia é o processo de projetar ou organizar locais de trabalho, produtos e sistemas para que se adaptem às pessoas que os utilizam.
A maioria das pessoas já ouviu falar de ergonomia e pensa que tem a ver com cadeiras ou poltronas, mas é muito mais. A ergonomia se aplica ao design de qualquer coisa que envolva pessoas – locais de trabalho, esportes e lazer, saúde e segurança.
A ergonomia visa melhorar os locais de trabalho e ambientes para minimizar o risco de lesões ou danos. Assim, à medida que as tecnologias mudam, também muda a necessidade de garantir que as ferramentas que acessamos para trabalhar, descansar e se divertir sejam projetadas para as necessidades do nosso corpo.
Por que a ergonomia é importante?
Pesquisa recente mostrou que a dor lombar é a deficiência relacionada ao trabalho mais comum no mundo – afetando funcionários de escritórios, trabalhadores de obras e na agricultura.
A ergonomia visa criar espaços de trabalho seguros, confortáveis e produtivos, trazendo habilidades e limitações humanas para o design de um espaço de trabalho, incluindo o tamanho do corpo do indivíduo, força, habilidade, velocidade, habilidades sensoriais (visão, audição) e até mesmo atitudes.
Como funciona a ergonomia?
A ergonomia é um ramo relativamente novo da ciência, que depende de pesquisas realizadas em muitas outras áreas científicas mais antigas, como engenharia, fisiologia e psicologia.
Para alcançar o design de melhores práticas, os ergonomistas usam os dados e técnicas de várias disciplinas:
- Antropometria: tamanhos, formas corporais; populações e variações
- Biomecânica: músculos, alavancas, forças, força
- Física ambiental: ruído, luz, calor, frio, radiação, sistemas de vibração do corpo: audição, visão, sensações
- Psicologia aplicada: habilidade, aprendizagem, erros, diferenças
- Psicologia social: grupos, comunicação, aprendizagem, comportamentos.
Como é feita a análise da ergonomia?
Existe uma norma para avaliar todos os riscos ergonômicos e as condições laborais. Ela é conhecida como NR 17 e analisa os riscos em todos os postos de trabalhos, desde as máquinas, locais e equipamentos. Essa análise é feita pela empresa e chama-se Análise Ergonômica do Trabalho (AET).
Para aplicar essa análise, existem algumas ferramentas para auxiliar, como por exemplo, RULA, Moore & Garg, Equação de Niosh e Sue Rodgers. Essas ferramentas aceleram a análise e conseguem captar os perigos que o trabalhador está submetido enquanto realiza suas atividades no ambiente de trabalho.
- RULA
Abreviação de Rapid Upper Limb Assessment (Avaliação Rápida dos Membros Superiores), é uma ferramenta de avaliação de risco no local de trabalho baseada em ergonomia que permite calcular o risco de carga musculoesquelética nos membros superiores e pescoço. O RULA é fácil e rápido de usar e requer equipamentos específicos para ser concluído.
RULA é projetado para avaliar a força, postura e movimento associados a tarefas estáticas ou repetitivas, incluindo fabricação, varejo, tarefas de computador, trabalho de laboratório ou onde o indivíduo precisa fazer grandes esforços dos membros superiores.
- Moore & Garg
O Strain Index (ou índice de esforço), também conhecido como Moore & Garg por causa de seus criadores (J. S. Moore e A. Garg), é uma ferramenta usada para avaliar o nível de risco de um trabalho para desenvolver um distúrbio da mão, punho, antebraço ou cotovelo devido aos movimentos repetitivos.
Para a análise, são considerados os seguintes elementos:
- intensidade e duração do esforço;
- postura da mão e do punho;
- velocidade do trabalho;
- duração da tarefa;
- ciclo de trabalho.
- Equação de Niosh
Niosh é uma instituição chamada National Institute Occupational Safety and Health que desenvolveu uma equação com o objetivo de calcular o peso máximo na manipulação manual de cargas, com o intuito de evitar o risco de sofrer lombalgia.
A Equação de levantamento NIOSH é uma ferramenta usada por profissionais de saúde e segurança ocupacional para avaliar os riscos de manuseio manual de materiais associados a tarefas de levantamento e abaixamento no local de trabalho.
Uma tarefa de levantamento é definida como o ato de agarrar manualmente um objeto com as duas mãos e mover o objeto verticalmente sem ajuda mecânica. A equação de levantamento do NIOSH considera várias variáveis de tarefa de trabalho para determinar práticas e diretrizes de levantamento seguras.
- Sue Rodgers
A Avaliação da fadiga muscular de Sue Rodgers ou Análise da fadiga muscular de Rodgers, mede a fadiga física geral em todo o corpo para identificar o risco de distúrbio musculoesquelético relacionado ao trabalho.
Ela é usada para avaliar a quantidade de fadiga muscular que se acumula em 5 minutos de uma tarefa, durante vários padrões de trabalho – especificamente, tarefas que são realizadas por uma hora ou mais onde existem posturas inadequadas e esforços frequentes.
Se você quer entender mais sobre ergonomia e fazer uma análise em sua empresa, entre em contato com a gente. Nós da GNR Ambiental acreditamos que é a máquina que deve se adaptar aos homens, e não o inverso.